Nas jornadas de formação permanente para os presbíteros da diocese, que decorreram no início desta semana, um dos painéis integrou duas leigas, duas Fernandas, uma de Torredeita e outra de Fornos de Algodres, ambas professoras e igualmente comprometidas nas actividades pastorais das respectivas paróquias onde residem.
A questão era mostrar vantagens e inconvenientes do exercício da paroquialidade "in solidum", ou seja, um grupo de vários sacerdotes assumirem, em conjunto, a responsabilidade de várias paróquias, às vezes, um arciprestado inteiro.
A Fernanda de Torredeita mostrou-se adepta do trabalho dos sacerdotes em equipa, testemunhando positivamente a impressão que essa experiência deixara nela, quando jovem, ao ponto de ter sido "apanhada" para a colabroração estreita nas tarefas pastorais da Paróquia de Torredeita, confiada a três sacerdotes, que ali viviam na mesma residência, cuidando de quatro paróquias.
Por outro lado, a Fernanda de Fornos de Algodres, igualmente envolvida nas actividades paroquiais da sua terra, não tinha o mesmo entusiasmo quanto às vantagens de os sacerdotes daquele arciprestado viverem todos na mesma residência. As grandes distâncias a que ficavam de algumas paróquias era o maior inconveniente que apontava, além de uma aparente indefinição de responsabilidades, apesar de também ver vantagens, nomeadamente na planificação conjunta de trabalho e na igualdade de critérios de actuação nas diferentes paróquias.
Também os dois sacerdotes do painel testemunharam a sua experiência. Foi o caso de Oliveira de Frades, em cujo arciprestado há párocos a viver na mesma casa, pastoreando várias paróquias, havendo outros que preferem residir sozinhos, embora participem em encontros semanais com os restantes, para planificação de trabalho pastoral e para troca de impressões sobre decisões a tomar.
Já o Pe. José Henriques testemunhou o seu percurso sacerdotal vivenciando situações diferentes, todas elas interessantes, nuns casos vivendo em comum e paroquiando "in solidum", noutros casos, vivendo em comum, mas com responsabilidades paroquias independentes, mas colaborando estreitamente com os outros párocos.
A impressão que ficou foi que não há fórmulas únicas. Importa adoptar a que mais se adeque a cada situação concreta, tendo em conta o carácter de cada um, as características das comunidades que servem e as circunstâncias de geografia e de sociedades em que se inserem.
Indispensável é evitar o isolamento dos sacerdotes, pois o próprio Evangelho diz que Jesus enviou os discípulos dois a dois e não solitários. Mas a fraternidade é mais que viver na mesma casa. É sobretudo consciência de missão comum, que deve ser cumprida de mãos dadas, em união com o bispo.
in diocese de viseu
3 comentários:
Só um pequeno reparo: eu não me manifestei CONTRA o facto dos Padres viverem todos na mesma casa (pelo contrário!)- houve, com toda a certeza uma "falha na percepção da mensagem! Eu defendi exactamente a ideia oposta... será que fui eu que não me fiz entender ou o repórter estava distraído???
Responda quem souber.
Fernanda Cunha
Não queriamos transmitir essa ideia, apenas transmitimos a mensagem que recolhemos, na fonte referida.
bConfesso q não gostei muito da rotatividade das missas,serviu para conhecer os novos senhores padres q de outra forma n iria conhecer tão bem.Foi 1 gosto muito grande,pois são excelentes pessoas e profissionais.Senhor bispo n sei o q pensam os outros,mas a constancia na fé tambem passa pela constancia do seu pastor,quando se fazem mudanças é como ter q começar de novo....custa sempre!!!!
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