domingo, 28 de junho de 2009

XIIIDomingo do Tempo Comum

Toda a leitura do evangelho nos é muito proveitosa, quer para a vida presente como para a futura. Mas mais ainda o evangelho deste dia, pois contém a totalidade da nossa esperança e anula todos os motivos de desespero [...]. Um certo chefe da sinagoga conduzia Cristo até junto da filha e dava ao mesmo tempo ocasião a uma hemorroísa de vir a encontrar Jesus [...]. Cristo conhecia o futuro e não ignorava que tal mulher viria ao seu encontro. É ela quem fará o chefe dos judeus compreender que Deus não tem necessidade de Se deslocar, que não é necessário mostrar-Lhe o caminho nem solicitar a Sua presença física. Pelo contrário, é preciso acreditar que Deus está presente em todo o lado, que Ele está aqui com todo o Seu ser e para sempre. É preciso acreditar que Ele tudo pode, sem dificuldade, dando uma simples ordem, e que envia a Sua força sem a transportar ; que com uma palavra anula a morte, sem mexer um só dedo da mão; que dá a vida se assim o decidir, sem recorrer à medicina [...].
Ao chegar à casa e ao ver as pessoas chorar a menina como se fora morta, Cristo quer trazer à fé aqueles corações incrédulos. Sabendo que pensavam ser muito mais fácil fazer sair uma pessoa do sono do que fazer ressucitá-la de entre os mortos, Cristo declara que a menina estava adormecida e não morta.
Verdade é que, para Deus, a morte é um sono. Porque Deus faz um morto regressar à vida em menos tempo que o que levamos a acordar do sono alguém que dorme. [...]. Escutai o que diz o apóstolo Paulo : «Num instante, num abrir e fechar de olhos, ao som da trombeta final - pois a trombeta soará - os mortos ressuscitarão incorruptíveis e nós seremos transformados» (1Co 15,52) [...]. Aliás, como teria ele podido condensar em palavras a rapidez de um acontecimento em que a força divina excede a própria rapidez? Como poderia o tempo intervir no dom de uma realidade eterna, não submetida ao tempo?
in evangelho quotidiano

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