sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

A nossa setora a lutar por uma causa

Nas jornadas de formação permanente para os presbíteros da diocese, que decorreram no início desta semana, um dos painéis integrou duas leigas, duas Fernandas, uma de Torredeita e outra de Fornos de Algodres, ambas professoras e igualmente comprometidas nas actividades pastorais das respectivas paróquias onde residem.
A questão era mostrar vantagens e inconvenientes do exercício da paroquialidade "in solidum", ou seja, um grupo de vários sacerdotes assumirem, em conjunto, a responsabilidade de várias paróquias, às vezes, um arciprestado inteiro.
A Fernanda de Torredeita mostrou-se adepta do trabalho dos sacerdotes em equipa, testemunhando positivamente a impressão que essa experiência deixara nela, quando jovem, ao ponto de ter sido "apanhada" para a colabroração estreita nas tarefas pastorais da Paróquia de Torredeita, confiada a três sacerdotes, que ali viviam na mesma residência, cuidando de quatro paróquias.
Por outro lado, a Fernanda de Fornos de Algodres, igualmente envolvida nas actividades paroquiais da sua terra, não tinha o mesmo entusiasmo quanto às vantagens de os sacerdotes daquele arciprestado viverem todos na mesma residência. As grandes distâncias a que ficavam de algumas paróquias era o maior inconveniente que apontava, além de uma aparente indefinição de responsabilidades, apesar de também ver vantagens, nomeadamente na planificação conjunta de trabalho e na igualdade de critérios de actuação nas diferentes paróquias.
Também os dois sacerdotes do painel testemunharam a sua experiência. Foi o caso de Oliveira de Frades, em cujo arciprestado há párocos a viver na mesma casa, pastoreando várias paróquias, havendo outros que preferem residir sozinhos, embora participem em encontros semanais com os restantes, para planificação de trabalho pastoral e para troca de impressões sobre decisões a tomar.
Já o Pe. José Henriques testemunhou o seu percurso sacerdotal vivenciando situações diferentes, todas elas interessantes, nuns casos vivendo em comum e paroquiando "in solidum", noutros casos, vivendo em comum, mas com responsabilidades paroquias independentes, mas colaborando estreitamente com os outros párocos.
A impressão que ficou foi que não há fórmulas únicas. Importa adoptar a que mais se adeque a cada situação concreta, tendo em conta o carácter de cada um, as características das comunidades que servem e as circunstâncias de geografia e de sociedades em que se inserem.
Indispensável é evitar o isolamento dos sacerdotes, pois o próprio Evangelho diz que Jesus enviou os discípulos dois a dois e não solitários. Mas a fraternidade é mais que viver na mesma casa. É sobretudo consciência de missão comum, que deve ser cumprida de mãos dadas, em união com o bispo.
in diocese de viseu

3 comentários:

Anónimo disse...

Só um pequeno reparo: eu não me manifestei CONTRA o facto dos Padres viverem todos na mesma casa (pelo contrário!)- houve, com toda a certeza uma "falha na percepção da mensagem! Eu defendi exactamente a ideia oposta... será que fui eu que não me fiz entender ou o repórter estava distraído???

Responda quem souber.

Fernanda Cunha

JMV Fornos de Algodres disse...

Não queriamos transmitir essa ideia, apenas transmitimos a mensagem que recolhemos, na fonte referida.

Anónimo disse...

bConfesso q não gostei muito da rotatividade das missas,serviu para conhecer os novos senhores padres q de outra forma n iria conhecer tão bem.Foi 1 gosto muito grande,pois são excelentes pessoas e profissionais.Senhor bispo n sei o q pensam os outros,mas a constancia na fé tambem passa pela constancia do seu pastor,quando se fazem mudanças é como ter q começar de novo....custa sempre!!!!