segunda-feira, 1 de março de 2010

Bispos querem que visita do Papa tenha consequências sociais

Nota Pastoral apela à participação de todo o país nos vários momentos de encontro com Bento XVI
O Conselho Permanente Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) publicou esta Segunda-feira uma Nota Pastoral na qual pede que a próxima visita de Bento XVI ao nosso país não seja um “mero acontecimento passageiro, porventura muito participado e festivo”, mas antes “semente que germine e dê frutos de renovação espiritual, apostólica e social”.
“A visita do Papa Bento XVI a Portugal é um acontecimento de singular importância e, por isso, deve ser preparada condignamente, não apenas no brilho exterior e no ambiente festivo, mas sobretudo no horizonte da fé, da construção da unidade eclesial e de uma sociedade mais justa e fraterna”, indica o documento.
A Igreja, assinala a CEP, tem de “abrir caminhos de solução às dificuldades e crises que a nossa sociedade atravessa” e “revigorar a nossa caridade, dando maior consistência aos inúmeros espaços de solidariedade e acção social, como resposta aos dramas da sociedade, particularmente as novas formas de pobreza”.
Os Bispos consideram que Bento XVI “vem até nós como peregrino e a Igreja em Portugal deverá caminhar com o sucessor de Pedro, redescobrindo no cristianismo uma experiência de sabedoria e missão”.
Aos católicos, em particular, é pedido que sejam “capazes de dar um contributo positivo à construção de uma sociedade mais justa”, na “fidelidade à identidade cristã”, através de “uma vida que se quer mergulhada no mundo, mas diferente em opções e atitudes, e que, sobretudo pelo exemplo, anuncia Cristo e a sua boa nova”.
Os fiéis, sublinha a nota da CEP, têm de ser “apóstolos corajosos que concretizam uma necessária e urgente comunicação de Cristo nos ambientes do agir quotidiano: política e saúde, indústria e comércio, agricultura e pescas, educação e ensino, trabalho e lazer”.
“O dinamismo da Páscoa de Cristo precisa de encarnar em atitudes e gestos de esperança perseverante e de amor criativo”, acrescenta o documento episcopal.
in ecclesia

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