segunda-feira, 25 de outubro de 2010

30º Domingo do Tempo Comum

A liturgia deste domingo ensina-nos que Deus tem um “fraco” pelos humildes e pelos pobres, pelos marginalizados; e que são estes, no seu despojamento, na sua humildade, na sua finitude (e até no seu pecado), que estão mais perto da salvação, pois são os mais disponíveis para acolher o dom de Deus.
A primeira leitura define Deus como um “juiz justo”, que não se deixa subornar pelas ofertas desses poderosos que praticam injustiças na comunidade; em contrapartida, esse Deus justo ama os humildes e escuta as suas súplicas.
O Evangelho define a atitude correcta que o crente deve assumir diante de Deus. Recusa a atitude dos orgulhosos e auto-suficientes, convencidos de que a salvação é o resultado natural dos seus méritos; e propõe a atitude humilde de um pecador, que se apresenta diante de Deus de mãos vazias, mas disposto a acolher o dom de Deus. É essa atitude de “pobre” que Lucas propõe aos crentes do seu tempo e de todos os tempos.
Na segunda leitura, temos um convite a viver o caminho cristão com entusiasmo, com entrega, com ânimo – a exemplo de Paulo. A leitura foge, um pouco, ao tema geral deste domingo; contudo, podemos dizer que Paulo foi um bom exemplo dessa atitude que o Evangelho propõe: ele confiou, não nos seus méritos, mas na misericórdia de Deus, que justifica e salva todos os homens que a acolhem.
in CEP

domingo, 17 de outubro de 2010

29º Domingo do Tempo Comum

A Palavra que a liturgia de hoje nos apresenta convida-nos a manter com Deus uma relação estreita, uma comunhão íntima, um diálogo insistente: só dessa forma será possível ao crente aceitar os projectos de Deus, compreender os seus silêncios, respeitar os seus ritmos, acreditar no seu amor.
O Evangelho sugere que Deus não está ausente nem fica insensível diante do sofrimento do seu Povo… Os crentes devem descobrir que Deus os ama e que tem um projecto de salvação para todos os homens; e essa descoberta só se pode fazer através da oração, de um diálogo contínuo e perseverante com Deus.
A primeira leitura dá a entender que Deus intervém no mundo e salva o seu Povo servindo-Se, muitas vezes, da acção do homem; mas, para que o homem possa ganhar as duras batalhas da existência, ele tem que contar com a ajuda e a força de Deus… Ora, essa ajuda e essa força brotam da oração, do diálogo com Deus.
A segunda leitura, sem se referir directamente ao tema da relação do crente com Deus, apresenta uma outra fonte privilegiada de encontro entre Deus e o homem: a Escritura Sagrada… Sendo a Palavra com que Deus indica aos homens o caminho da vida plena, ela deve assumir um lugar preponderante na experiência cristã.
in ecclesia

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Fátima assinala 93 anos da última aparição mariana

Peregrinos de 27 países estão inscritos na principal missa da Peregrinação Internacional de Outubro
Mais de cinco mil peregrinos de 27 países estão inscritos na principal missa da Peregrinação Internacional Aniversária ao Santuário de Fátima que se realiza amanhã, 13 de Outubro.
Itália é o país mais representado nos 125 grupos que anunciaram a sua presença, com cerca de 1200 fiéis, seguindo-se Portugal, com mais de 750.
O início oficial da peregrinação, presidida pelo arcebispo da diocese brasileira de São Salvador da Bahia, D. Geraldo Agnelo, está marcado para as 18h30 desta Terça-feira, na Capelinha das Aparições.
A celebração de abertura principia com a saudação em várias línguas feita pelo bispo de Leiria-Fátima, D. António Marto, seguindo-se a evocação das aparições de Maria a três pastorinhos, ocorridas entre Maio e Outubro de 1917.
O primeiro momento da peregrinação termina com uma oração pelas necessidades da Igreja e do mundo.
D. Geraldo Agnelo regressa ao recinto pelas 21h30, presidindo ao rito de acendimento das velas a partir de um único círio, gesto seguido da oração do terço, cujo núcleo consiste na recitação de 50 ave-marias divididas em cinco mistérios, ou seja, meditações sobre a vida de Cristo.
Após o terço dá-se início à procissão de velas, que precede a missa, marcada para as 22h30, e dez minutos antes da meia-noite arranca a “procissão do silêncio”, antecedendo uma noite de vigília em oração.
As duas primeiras horas de 13 de Outubro são reservadas à adoração do Santíssimo Sacramento – hóstia consagrada que, pelo sacramento da Eucaristia, é o próprio corpo de Jesus –, no interior da basílica, seguindo-se, das 2h00 às 3h30, a via-sacra, procissão que acompanha com momentos de meditação e oração os últimos passos da vida de Jesus até à morte e se­pul­tura.
A madrugada prossegue com uma celebração mariana na Capelinha das Aparições, marcada para as 3h30, e uma hora mais tarde começa a missa na basílica.
Entre as 5h30 e as 7h00 prevê-se a adoração ao Santíssimo Sacramento, acompanhada da oração litúrgica de Laudes, que assinala o amanhecer.
A partir das 7h00 começa a procissão do Santíssimo Sacramento, no espaço aberto do Santuário, que inclui a meditação de textos bíblicos e uma caminhada dividida em cinco etapas, que se concluirá com a bênção da hóstia consagrada aos fiéis.
A celebração final da peregrinação principia às 9h00 com o terço, na Capelinha das Aparições, seguindo-se, pelas 10h00, a missa, presidida por D. Geraldo Agnelo.
Antes do fim da eucaristia os peregrinos recebem a bênção com o Santíssimo Sacramento, a que se segue a bênção de objectos religiosos e imagens, o convite à consagração pessoal ao “Imaculado Coração de Maria” – com um silêncio de meio minuto - e a procissão do adeus.
O tema para 2010 do Santuário de Fátima é “Reparte com alegria, como a Jacinta”, alusão a uma das pastorinhas a quem Maria apareceu, no ano em que se assinala o 10.º aniversário da sua beatificação e da do seu irmão, Francisco Marto.
in ecclesia

domingo, 10 de outubro de 2010

28º Domingo do Tempo Comum

A liturgia deste domingo mostra-nos, com exemplos concretos, como Deus tem um projecto de salvação para oferecer a todos os homens, sem excepção; reconhecer o dom de Deus, acolhê-lo com amor e gratidão, é a condição para vencer a alienação, o sofrimento, o afastamento de Deus e dos irmãos e chegar à vida plena.
A primeira leitura apresenta-nos a história de um leproso (o sírio Naamã). O episódio revela que só Jahwéh oferece ao homem a vida e a salvação, sem limites nem excepções; ao homem resta acolher o dom de Deus, reconhecê-l’O como o único salvador e manifestar-Lhe gratidão.
O Evangelho apresenta-nos um grupo de leprosos que se encontram com Jesus e que através de Jesus descobrem a misericórdia e o amor de Deus. Eles representam toda a humanidade, envolvida pela miséria e pelo sofrimento, sobre quem Deus derrama a sua bondade, o seu amor, a sua salvação. Também aqui se chama a atenção para a resposta do homem ao dom de Deus: todos os que experimentam a salvação que Deus oferece devem reconhecer o dom, acolhê-lo e manifestar a Deus a sua gratidão.
A segunda leitura define a existência cristã como identificação com Cristo. Quem acolhe o dom de Deus torna-se discípulo: identifica-se com Cristo, vive no amor e na entrega aos irmãos e chega à vida nova da ressurreição.
in CEP

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Encontro da Família Vicentina

O VI Encontro Nacional da Família Vicentina realizou-se hoje, em Fátima , no Centro Pastoral Paulo VI, como é normal o centro local de Fornos esteve bem representado.

domingo, 3 de outubro de 2010

27º Domingo do Tempo Comum

Na Palavra de Deus que hoje nos é proposta, cruzam-se vários temas (a fé, a salvação, a radicalidade do “caminho do Reino”, etc.); mas sobressai a reflexão sobre a atitude correcta que o homem deve assumir face a Deus. As leituras convidam-nos a reconhecer, com humildade, a nossa pequenez e finitude, a comprometer-nos com o “Reino” sem cálculos nem exigências, a acolher com gratidão os dons de Deus e a entregar-nos confiantes nas suas mãos.
Na primeira leitura, o profeta Habacuc interpela Deus, convoca-o para intervir no mundo e para pôr fim à violência, à injustiça, ao pecado… Deus, em resposta, confirma a sua intenção de actuar no mundo, no sentido de destruir a morte e a opressão; mas dá a entender que só o fará quando for o momento oportuno, de acordo com o seu projecto; ao homem, resta confiar e esperar pacientemente o “tempo de Deus”.
O Evangelho convida os discípulos a aderir, com coragem e radicalidade, a esse projecto de vida que, em Jesus, Deus veio oferecer ao homem… A essa adesão chama-se “fé”; e dela depende a instauração do “Reino” no mundo. Os discípulos, comprometidos com a construção do “Reino” devem, no entanto, ter consciência de que não agem por si próprios; eles são, apenas, instrumentos através dos quais Deus realiza a salvação. Resta-lhes cumprir o seu papel com humildade e gratuidade, como “servos que apenas fizeram o que deviam fazer”.
A segunda leitura convida os discípulos a renovar cada dia o seu compromisso com Jesus Cristo e com o “Reino”. De forma especial, o autor exorta os animadores cristãos a que conduzam com fortaleza, com equilíbrio e com amor as comunidades que lhes foram confiadas e a que defendam sempre a verdade do Evangelho.
in CEP