sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Diocese de Viseu prepara reorganização

Carta Pastoral de D. Ilídio Leandro explica objectivos do Sínodo e apresenta assembleia diocesana que marca o arranque de um processo que termina em 2015
Diminuição de padres, despovoamento rural, subida do número de habitantes nos centros urbanos e envelhecimento da população são alguns dos factores que levam a diocese de Viseu a ponderar a sua reestruturação.
A avaliação do modelo organizativo é uma das cinco prioridades enunciadas na mais recente Carta Pastoral do bispo de Viseu, D. Ilídio Leandro, na qual se sintetizam as finalidades do sínodo diocesano, que decorre entre 2010 e 2015.
O prelado pretende que estes cinco anos, marcados pelo tema “Da Comunhão para a Missão”, sejam a base da “renovação” da diocese, tornando-a “celebrativa, evangelizadora e solidária”, segundo as linhas fundamentais do Concílio Vaticano II (1962-1965).
D. Ilídio Leandro frisa que este objectivo só será possível se os fiéis “se entusiasmarem por acolher, abraçar e realizar todas as dinâmicas, etapas e propostas que forem sendo encontradas, sugeridas e reflectidas ao longo do caminho”.
O projecto, assinala o texto, “exige, a todos e a cada um dos cristãos da Igreja de Viseu, o maior empenho, a máxima generosidade, a melhor atenção”, impondo igualmente a “inteira e afectiva disponibilidade do coração” do bispo de Viseu.
O itinerário sínodal pretende também reorganizar a celebração da fé, mudar o esquema de formação dos fiéis, transformar o modo como se anuncia a mensagem cristã e rever o envolvimento da Igreja na acção solidária, “tendo em conta um sério programa de revisão de comportamentos e de intervenção social”.
O documento, intitulado “O Sínodo na diocese de Viseu”, descreve genericamente a assembleia que marca o início do envolvimento dos leigos, religiosos e padres representantes dos movimentos e departamentos eclesiais.
O programa do encontro, a realizar a 10 de Outubro no Pavilhão Multiusos de Viseu, inclui a apresentação do Sínodo e do seu itinerário, além da indicação dos “conteúdos fundamentais” e da “metodologia a seguir”, sobretudo no primeiro ano (2010/2011).
A Carta Pastoral termina com um apelo à oração, que “deve ocupar o primeiro lugar” no roteiro sinodal, com vista a proporcionar a “escuta de Deus” e a “resposta fiel e alegre aos desafios” que a sociedade coloca à Igreja.
O sínodo é um órgão consultivo convocado pelo bispo, cujas decisões só podem ser publicadas com a sua autorização.
in Ecclesia

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