sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

VI Domingo do Tempo Comum


Também para esta mentalidade, Jesus leva uma mensagem de salvação. Jesus não só cura a doença física, mas também liberta o leproso de toda aquela carga de maldição. “Jesus, compadecido, estendeu a mão, tocou-lhe e disse: Quero: fica limpo”. Tocar um leproso era um gesto nunca visto. Este gesto de Jesus (tocar o leproso) exprime bem até que ponto Ele se aproxima daqueles que sofrem. Cristo não só cura, mas também purifica dos pecados, enraizados no mal (por isso, como diz a 1ª Leitura, tinham que ser examinados pelo sacerdote). Além de curar e de purificar o leproso, Jesus reinsere-o na comunidade. O leproso volta a ser cidadão e um membro do povo de Israel.

Uma das tarefas dos cristãos neste mundo é espalhar esta mensagem de libertação, especialmente junto dos mais carentes, necessitados e pobres. Hoje, há tanta gente necessitada desta mensagem e famintas de tantos géneros de fome. Todos podemos colaborar nesta missão, fortalecidos pela Eucaristia. Ela é um alimento que leva a praticar a solidariedade, a fraternidade, a partilha, lutando por um mundo sem carências. A Oração Depois da Comunhão ajuda-nos a entender melhor esta ideia: “Senhor, que nos alimentastes com o pão do Céu, concedei-nos a graça de buscarmos sempre aquelas realidades que nos dão a verdadeira vida”.

É interessante não esquecer as diversas atitudes cristãs referidas nas leituras deste domingo. Por exemplo, a atitude humilde e confiante do leproso, quando se apresenta a Jesus: “prostrou-se de joelhos e suplicou-Lhe: se quiseres, podes curar-me”. O Senhor atende à súplica orante deste homem. Por isso, a Oração Colecta deste domingo diz-nos: “Senhor, que prometestes estar presente nos corações rectos e sinceros, ajudai-nos com a vossa graça a viver de tal modo que mereçamos ser vossa morada”. Uma outra atitude a ter em conta é aquela que São Paulo recomenda na 2ª Leitura. Discutia-se se o cristão podia ou não comer carne oferecida em sacrifícios aos ídolos. S. Paulo responde: “Quer comais, quer bebais, ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para glória de Deus”; ou seja, o mais importante não é o aspecto normativo, mas o comportamento: não escandalizar ninguém e ser uma testemunha exemplar da fé em Jesus. Para isso, é necessário ter discernimento e clareza de princípios: “Fazei como eu, que em tudo procuro agradar a toda a gente, não buscando o próprio interesse, mas o de todos, para que possam salvar-se”. São Paulo é um exemplo, mas o modelo é Jesus. Por isso, a última frase da 2ª Leitura pode servir para uma boa conclusão: “Sede meus imitadores, como eu o sou de Cristo”.

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